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Lançamento | Publicação Virtual do projeto MINA: Ciclo de Pesquisa e Criação em Arte Sonora – Coletivo Aterra Flecha

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025
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Lançamento da Publicação Virtual do projeto MINA: Ciclo de Pesquisa e Criação em Arte Sonora
Data: 19 de fevereiro (quarta-feira)
Horário: 19h
Local: Teatro B. de Paiva – Hub Cultural Porto Dragão (Rua Boris, 90c – Fortaleza, CE)
Classificação indicativa: Livre
Gratuito
Acessível em libras

 

Release

O Ceará tem se mostrado campo fértil para a criação e o pensamento em música e arte sonora. São crescentes as ações relacionadas a estas linguagens observadas tanto no campo da cultura quanto no campo da educação. É neste cenário que surge o Mina, novo projeto do Aterra Flecha – movimento de música, performance e artes sonoras femininas do Ceará.

Iniciado neste mês de dezembro, os encontros reúnem musicistas, cantoras, performers e artistas sonoras cearenses, Clau Aniz, Kaye Djamilia, Lara Lima, Loreta Dialla, Marta Aurélia, Thais de Campos e Amrita Jones para a realização de um programa de ações de pesquisa e criação de novas obras destinadas a publicação em campo virtual. O programa de ações pretende acolher os interesses e as singularidades de cada artista ao propor como pontos norteadores de pesquisa e produção as discussões relacionadas à escuta expandida, sonoridades e performatividades vocais, materialidades sonoras, temporalidades do som e sampleamento, eletroacústica, tecnologias digitais e analógicas, produção lo-fi e meios de acessibilidade no processo criativo.

Com duração de 3 meses ao todo, o projeto se divide em três momentos de execução compreendendo etapas de pesquisa, criação e publicação. As etapas de pesquisa e criação ocorreram de forma concomitante com a realização de encontros periódicos entre as artistas para discussão, troca e compartilhamento de materiais, e momentos de produção criativa individual, em que cada artista a partir da sua pesquisa individual desenvolverá uma nova obra sonora considerando as discussões e interesses compartilhados nos encontros. O resultado culminará com o total de 7 novas criações sonoras e outros experimentos desenvolvidos durante o processo e que comporão publicação virtual a ser lançada em fevereiro de 2025.

Mina é realizado por Aterra Flecha, movimento de música, performance e artes sonoras femininas do Ceará, aprovado no 13º Edital Ceará das Artes, Lei Paulo Gustavo, da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult CE).

 

Sobre o Coletivo Aterra Flecha

ATERRA FLECHA é um movimento iniciado em janeiro de 2021 com o interesse de ampliar discussões e práticas de pesquisa e experimentação que norteiam as zonas de pensamento e produção no campo da arte sonora, performance, novas mídias e sua hibridização com outras linguagens. As ações propostas pelo movimento pretendem evidenciar e solidificar a produção de artistas femininas com produção ativa no estado do Ceará que investigam caminhos experimentais de criação, apostando em modos transversais e expandidos na construção de novas performatividades, estéticas e tecnologias de produção em música e em arte sonora.

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LORETA DIALL
Atriz, performer, artista sonora e pesquisadora. Atua nas artes desde 1997 nas áreas de teatro, performance, música e artes sonoras. Mestranda em artes pelo programa de pós-graduação em artes ICA-UFC, possui licenciatura em Teatro pelo IFCE e formação pelo Curso Técnico em Arte Dramática da Universidade Federal do Ceará-UFC. Colabora em projetos e produções de coletivos e artistas multidisciplinares. Com produções artísticas realizadas entre 1997 e 2021, participou de importantes festivais, mostras e projetos de circulação em território nacional e em outros países da América do Sul, Europa e América Central. Recentemente lançou o álbum Lonsdaleíta pelo selo Suburbana. Co. junto ao AEZI; desenvolveu a instalação sonora Rarazu para o Galerias em Cena na 27a edição do Festival Porto Alegre em Cena e a peça sonora-visual Trégua da Espécie para o 11o Santo Noise – Festival internacional de músicas extremas e ruídos. É co-idealizadora do Aterra Flecha – movimento de investigação em música, performance e artes sonoras femininas. Atualmente desenvolve pesquisa artística em torno das performatividades e dramaturgias expandidas do corpo-voz utilizando diversos formatos e mídias; nas tecnologias do corpo como fonte de materialidades sonoras vocais e suas correlações com a língua em âmbito fonético e acústico. Atua também como professora e facilitadora em ações formativas e cursos de extensão em música e arte sonora.

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CLAU ANIZ
Clau Aniz é artista multilinguagem, compositora, cantora, mestre em Artes pela Universidade Federal do Ceará e atua como instrumentista em alguns grupos de Fortaleza. Desde 2015 vem realizando e colaborando em diversos projetos artísticos, passeando entre composições de sonoplastia para teatro, trilhas para cinema, instalações e apresentações musicais. Lançou em 2018 o álbum “Filha de mil mulheres” e, em 2019, o single “Iuá Uru”. Atualmente, além de trabalhar em composições para audiovisual, teatro e dança, participa dos grupos Vacilant, Dronedeus, Outradança e AEZI.

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AMRITA JONES
Musicista; Técnica de Som e Pesquisadora Sonora. Faz parte do coletivo artístico Caratapa e desenvolve projetos com Música Experimental, Som Direto, Edição de Som, Trilhas e Instalações Sonoras. Ministrou oficinas de “Captação e Poética do Som”. Autora das Instalações Sonoras: “Caminhos Sonoros”(2014), uma deriva pelos sons da cidade de Fortaleza. “Lobo Temporal”(2016), uma composição musical com os sons internos do corpo humano – veias, artérias e coração e “Cratera Lunar”(2019), uma experimentação com frequências primordiais da natureza – transformações de sons da água, ar, terra e fogo em uma sobreposição a instrumentos afinados em 432hertz junto a imagens em movimento das fases da lua, que vem fazendo desde 2017 em observações do ciclo lunar. Na música, se apresenta com os projetos Noise Meditativo, Urú e Água Viva. No cinema, criou o desenho sonoro dos mais recentes filmes: Cavalgada Selvagem; Noturno, Grande Mistério (2021), Xique-xique (2020), Tremor iê (2019) e Boca de Loba (2018).

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LARA LIMA
Lara Lima é artista visual e sonora, arquiteta, urbanista e pesquisadora do corpo. Em 2021, teve a videoarte ‘Gameleira’ exibida na décima segunda edição do Festival Santo Noise de Arte Sonora, Ruidismo e Experimentação (ARG) e no festival interestadual de música experimental Frestas Telúricas (BRA). Em 2022, participou da exibição online “This is Essencial Work” com a videoarte “Milk Machina”. Nesse mesmo ano, participou do Ateliê Imersivo “Mestre é quem de repente aprende”, no Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS), que culminou na produção da obra audiovisual coletiva “Coragem”. Participou ainda da 2a edição do Festival Internacional de Videomapping ABSTRATA com o set TRACEAFERA, uma performance visual e sonora realizada junto das artistas Clau Aniz e Loreta Dialla. Em 2023, desenvolveu o desenho de som para o espetáculo “Luzia”, pesquisa realizada no laboratório de teatro do Centro Cultural Bom Jardim e que circulou também na Temporada de Arte Cearense. É integrante do coletivo Aterra Flecha, cujas ações pretendem evidenciar e solidificar a produção de artistas femininas no estado do Ceará. Sua pesquisa e produção artística permeiam experimentações sonoras e visuais com código criativo, por meio de linguagem de programação com código aberto (Sonic Pi, p5.js, Pure Data, Processing, Tidal Cycles e Hydra), além da construção sonora a partir do uso de objetos, paisagens sonoras e de dinâmicas de exploração do corpo/voz.

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THAÍS DE CAMPOS
Nasceu em Recife e vive em Fortaleza desde 2000, é realizadora, artista visual e musicista experimental. Formada em Design de Moda e Audiovisual, atua como diretora de arte e figurinista em projetos de cinema no Ceará e no Brasil. Atualmente realiza as performances audiovisuais: “Um Salto Adiante” – filme-colagem onde enquanto ela executa a trilha sonora ao vivo, uma paisagem íntima se lança no abismo; “ÁGUA VIVA” – livre improvisação com imagens e sons da natureza; “SELVA CORAÇÃO” – paisagem sonora manuseando objetos cotidianos; “Grande Mistério” – amplificando imagens, sons e elementos coletados em diferentes paisagens do Ceará. Na música, compôs a trilha sonora original para o longa-metragem “Kevin”, de Joana Oliveira (2021 – Belo Horizonte – MG), “Vagalume” de Juliana Lobo (em finalização – SP), participando também da trilha sonora do “Medo do Escuro” (2016 – Fortaleza – CE) como compositora e intérprete. Em 2016 também lançou o álbum “Contatos Imediatos” , primeiro disco com a banda MicroLeãoDourado, da qual fez parte, e desde então tem participado de projetos sonoros em colaboração com artistas da cena local. Sua pesquisa e experimentação sonora tem a colagem como ponto de partida. Através da sobreposição de camadas, da criação de padrões de sons repetidos em loop, do manuseio sonoro de objetos cotidianos e do flerte com a música de ruído, a artista investiga a criação de universos, paisagens sonoras e musicais, atmosferas sensoriais, que combinadas às imagens que cria, habitam a zona fronteiriça entre cinema, música e performance.

  • Tipo: Artes Integradas,Música
  • Tempo: 19 de fevereiro de 2025 - 19:00 - 20:00
  • Local:Teatro B. de Paiva
  • Duração:60 minutos