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A aparição urbana incorpora o ato da defumação utilizado em muitas culturas pindorâmicas e diaspóricas para afastar o mal e equilibrar as energias. A obra deseja criar um encontro dentro da cidade das práticas sagradas que transbordam o terreiro com o ato simbólico e ritualístico de afastar o sentimento do sequestro, do roubo e da ausência que a colonização produz nas corpas racializadas. Reprogramando o alzheimer colonial, desmantelando a marca de esquecimento da memória e do gesto. Propondo que presenças dissidentes e racializadas sejam como a fumaça, incapturáveis.
Minibio
Pedra Silva (Fortaleza, CE, 1997) é uma travesti de pele marrom em retomada ancestral, macumbeira, artista, arte-educadora e pesquisadora das encruzilhadas com atuação no campo artístico desde 2014. Yaô de Iemanjá no Abassá de Omolu e Ilê Iansã. Brincante do Boi Canarinho e do Coco das Goiabeiras (CE). Consultora da Difusão Cultural do Núcleo de Articulação Comunitária do Instituto Mirante (CE). Coordenadora do Programa de Ancestralidades do Corpo em parceria com o Museu de Cultural Cearense do Instituto Dragão do Mar (CE) e é graduanda do curso Lic. em Teatro do Inst. Federal do Ceará. Trabalha a partir de lugares artísticos expandidos tendo o corpo como arquivo-vivo e como lugar espiralar transmídiatico contra-colonial. Se fundamenta nas estéticas macumbeiras que produzam mitopoéticas de contra-feitiços e no repovoando das tecnologias de cura afropindorâmica.