Com passagem no Hub Porto Dragão, a MOPI contará com as presenças dos roteiristas de “Ainda Estou Aqui” e do rapper DJ Cia, além de outros artistas, em programações de música, audiovisual, teatro, dança e artes visuais, espalhadas na Rede de Equipamentos da SECULT Uma fala aberta com os roteiristas de “Ainda Estou Aqui”, Murilo Hauser e Heitor Lorega, dois dias de apresentações musicais com sonoridades diversas, a celebração dos 25 anos de um coletivo teatral, aberturas de processos em dança, pitching de cinema, exposição coletiva e diversas outras atividades movimentam mais de 70 artistas durante um mês de eventos gratuitos em diferentes espaços culturais de Fortaleza, compondo a 12ª Mostra de Artes da Porto Iracema das Artes (MOPI). A Porto Iracema das Artes – Escola de Formação e Criação do Ceará, que integra a Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Estado (Rece), gerida em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) –, promove, entre os dias 11 e 30 de março, a programação resultante das pesquisas desenvolvidas pelos 33 projetos participantes dos Laboratórios de Criação da Escola. A MOPI é um dos momentos mais importantes do ano letivo da Escola, mas também para a cena cultural da cidade. Mais do que uma programação de apresentações artísticas, a Mostra representa um momento de reflexão sobre os processos da Porto Iracema das Artes. Com metodologias inovadoras, constituídas a partir das poéticas dos artistas envolvidos nos processos de criação, o programa envolveu, de 2013 a 2024, um total de 699 artistas em 285 projetos nas cinco linguagens artísticas desenvolvidas na Escola: dança, teatro, audiovisual, artes visuais e música. Os roteiristas Murilo Hauser e Heitor Lorega, DJ CIA, o teatrólogo Márcio Abreu, o coreógrafo Paulo Caldas são alguns nomes das artes brasileiras que estiveram diretamente envolvidos nessa 12ª edição dos Laboratórios de Criação e estarão presencialmente em atividades propostas nesta MOPI, cada um em sua linguagem. Essas presenças fortalecem a troca de experiências e a continuidade do desenvolvimento dos projetos, consolidando a MOPI como um espaço de experimentação e aprofundamento artístico. Neste ano, além de projetos na capital, os laboratórios também envolveram artistas de 11 municípios do interior do Ceará: Itarema, Tabuleiro do Norte, Sobral, Itapipoca, Barbalha, Caucaia, Fortaleza, Juazeiro do Norte, Cascavel, Quixeré e Varjota. Toda a programação da MOPI será partilhada na Porto Iracema das Artes, no Theatro José de Alencar, no Cineteatro São Luiz, no Teatro e Cinema do Dragão e ainda no HUB Cultural Porto Dragão, que integram a Rede de Equipamentos da Secretaria da Cultura – RECE. Todos os locais receberão intervenções artísticas que, ao todo, contam com a colaboração de 77 artistas diretamente envolvidos. Cinema com programação especial No ano em que o Brasil concorreu em três categorias do Oscar, a programação de cinema da MOPI traz encontros bastante inspiradores. No dia 20, a programação de cinema inicia com o projeto “Anatomia do Filme” , com uma sessão do filme “Ainda Estou Aqui“, seguida de uma conversa com os roteiristas do longa, Murilo Hauser e Heitor Lorega, ganhadores do Leão de Ouro de melhor roteiro, no Festival de Veneza 2024. No dia 21, a MOPI fará uma exibição especial do documentário ainda inédito “3 Obás de Xangô”, com a presença do diretor Sérgio Machado, cineasta que junto a Karim Aïnouz e Marcelo Gomes criaram o Laboratório CENA 15. No dia 22, está programado o tradicional Pitching de Roteiros do LAB CENA 15, com a apresentação dos roteiros cinematográficos de filmes e séries de ficção desenvolvidos pelos alunos durante todo o ano letivo da escola. O pitching contará com a participação de agentes do mercado audiovisual, como Raphaela Leite (Consultora de Dramaturgia da Rede Globo), Sergio Machado (diretor e roteirista, um dos idealizadores do Lab Cena 15), Aleksei Abib (diretor, roteirista e fundador do Sol Film Lab), Erika Candido (produtora executiva), Maria Angela de Jesus (Produtora Executiva Associada da Conspiração Filmes), Tereza Gonzalez (Vice-Presidente de Conteúdo na Paramount Television International Studios Brasil e América Latina), entre outros nomes. A Secretária de Cultura do Estado do Ceará, Luisa Cela, ressalta que “a Porto Iracema das Artes segue referência e relevante na formação artística no país. Não diferente, a 12ª Mostra de Artes segue consolidada no calendário cultural cearense como este encontro potente, que fortalece a troca de saberes e amplia a visibilidade das produções do Ceará. Ao reunir mais de 70 artistas das mais diferentes linguagens e regiões do nosso estado, a MOPI proporciona um intercâmbio fértil de experiências, influências e perspectivas, promovendo conexões entre criadores, públicos e territórios. É uma grande celebração da diversidade artística, da reflexão e da experimentação criativa, permitindo que cada projeto tenha sua identidade e potência próprias, em sintonia com a riqueza cultural e a pluralidade de expressões que marcam a nossa população.” O mesmo sentimento é compartilhado pela diretora-presidente do Instituto Dragão do Mar (IDM), Rachel Gadelha. “A MOPI revela diversas expressões da arte cearense, promovendo um diálogo entre diferentes linguagens artísticas e refletindo a pluralidade da cultura do Ceará. Esse intercâmbio artístico é fruto do trabalho contínuo da Escola Porto Iracema das Artes, resultado da parceria entre o IDM e a Secult Ceará. Juntas, essas instituições desempenham um papel essencial no fortalecimento das produções cearenses. Exemplos disso são os processos formativos oferecidos pela Porto Iracema, que não apenas garantem uma formação de qualidade, mas materializam o acesso a direitos culturais que impactam diretamente a vida dos artistas e suas comunidades. O IDM, por meio de sua diretoria de formação, acredita, reforça e apoia. É nesse contexto que a MOPI se torna um espaço de ampliação da troca de saberes, onde a multiplicidade de vozes e experiências se fortalece, contribuindo para a construção de uma cena artística mais democrática, representativa e acessível.” A diretora de Formação do Instituto Dragão do Mar e da Porto Iracema das Artes, Bete Jaguaribe, observa a importância da 12ª Mostra de Artes do Porto Iracema. “Um momento de reflexões sobre processos artísticos, de partilha entre artistas que vivenciaram uma imersão de sete meses, trabalhando seus experimentos, suas poéticas”, comenta a diretora, ressaltando a natureza da MOPI. “A experiência de formação da Porto Iracema das Artes privilegia os processos, num diálogo com a própria perspectiva do ato criativo, que se conserva permanentemente aberto. Portanto, esse encontro com o público é um privilégio para o artista, que se